segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Peixes

  • Elasmobranchii (cação, raias, tubarão)
  • Holocephali (quimera)
Tubarão tigre. Foto: Matt9122 / Shutterstock.com
Tubarão tigre. Foto: Matt9122 / Shutterstock.com
O esqueleto dos peixes cartilaginosos é composto de cartilagem. Possuem mandíbulas móveis, são predadores e todos são marinhos. A pele destes peixes é rija, coberta por escamas placóides e glândulas mucosas, possuem várias nadadeiras. A boca é na região ventral, com muitos dentes. A narina termina em fundo cego, tendo apenas função olfativa. O coração é formado por duas câmaras: 1 átrio e 1 ventrículo. Respiram por brânquias, possuem ouvido, os rins são do tipo mesonéfrico, são ectotérmicos, a principal excreta nitrogenada é uréia. São dióicos, com fecundação interna, podendo ser ovíparos ou ovovivíparos.
Normalmente, os condríctes apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais, dependendo do gênero e da espécie. As quimeras, ao invés de fendas branquiais, possuem opérculo (só tem um par de fendas branquiais). Possui uma cauda fina e longa (cauda heterocerca) e a nadadeira peitoral é muito desenvolvida. Esta nadadeira promove a natação através do movimento na forma de “remo”. As quimeras são encontradas a partir de 80 metros de profundidade.
Existem cerca de 900 espécies descritas de peixes cartilaginosos.
A presença da mandíbula permitiu que a alimentação destes animais fosse mais variada. Também houve alterações no comportamento sexual. Nos condríctes mais primitivos só existiam nadadeiras ímpares (caudal, anal e dorsal). Os mais evoluídos apresentam, além das ímpares, nadadeiras pares (peitoral e pélvica).
Nos tubarões, as fendas branquiais estão localizadas lateralmente. Nas raias, as brânquias se localizam na porção ventral do corpo.

Tegumento

Arraia. Foto: timsimages / Shutterstock.com
Arraia. Foto: timsimages / Shutterstock.com
A epiderme é pluriestratificada (cerca de 4 a 6 camadas de células sobrepostas). A epiderme é mais delgada que a derme.
Apresentam escamas placóides, que é uma escama com estrutura parecida com a de um dente, pois é composta de esmalte, dentina, vasos e nervos. Tem origem na derme e são diminutas. As raias e cações apresentam escamas placóides. Elas servem para reduzir a turbulência causada pelo atrito com a água, e por conseqüência, a velocidade do nado aumenta.
O ferrão das raias são escamas placóides modificadas. Há raias com 2 ferrões. Na ponta do ferra há produção de veneno.
Na parte superior da derme, próxima à epiderme, estão os melanócitos, células produtoras de melanina. a presença de melanina confere a capacidade destes animais de se camuflarem.

Musculatura

A parte mais desenvolvida da musculatura encontra-se no tronco e na cauda. Os miômeros estão em forma de duplo “V”, intercalados por tecido conjuntivo, formando o miossepto. Longitudinalmente, existe um septo lateral que divide a musculatura na parte dorsal e ventral: musculatura epiaxial e hipoaxial, respectivamente.

Esqueleto

O esqueleto é formado por tecido cartilaginoso, podendo ocorrer deposição de carbonato de cálcio, mas isso não significa ossificação. Possuem esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e apendicular (nadadeiras).
Não existem suturas no crânio, ou seja, ele é inteiriço. A caixa craniana é uma peça cartilaginosa única.
notocorda não foi totalmente substituída pela coluna vertebral, estando presentes resquícios entre uma vértebra e outra.

Digestão

A boca dos condríctes ocupa posição ventral, possui maxilar e mandíbula e dentes triangulares e afiados, formando até 7 fileiras de dentes. Condríctes bentônicos que se alimentam de animais com carapaça dura possuem dentes arredondados e achatados. A língua é pouco desenvolvida, possuindo poucos músculos e é fixa no assoalho da boca. A maior parte das papilas gustativas está na região anterior do esôfago, que é todo pregueado longitudinalmente para aumentar seu diâmetro quando o alimento passa. O estômago possui uma mucosa pregueada e com glândulas produtoras de enzimas digestivas. O intestino delgado é curto, porem possui pregas e dobras para aumentar a superfície de absorção. O intestino grosso também é curto, terminando na cloaca.
Os condríctes marinhos possuem uma expansão digitiforme na porção terminal do intestino grosso, chamada glândula de sal, que serve para excretar o excesso de sal presente no organismo. As brânquias também eliminam sal para manter o equilíbrio osmótico do corpo.
O fígado destes animais é muito grande, com 2 lobos, contendo muito óleo, para auxiliar na flutuação, podendo ser responsável por até 20% do peso do animal.

Circulação

Possuem um coração abaixo da região branquial, no pericárdio. A circulação é fechada, o coração possui 1 átrio e 1 ventrículo, sendo todo o sangue venoso.

Respiração

A respiração é branquial. A água entra pela boca e passa pelas brânquias, que são formadas por vários filamentos delgados e paralelos, que contém vários capilares, onde ocorrem as trocas gasosas.

Excreção

Possuem rins mesonéfricos, que se situam acima do celoma em cada lado da aorta dorsal. A principal excreta nitrogenada é a uréia. Condríctes marinhos precisam manter o equilíbrio osmótico, retendo cloreto de sódio e uréia o sangue, de forma que os líquidos do corpo sejam ligeiramente hipertônicos em relação á água do mar.

Sistema Nervoso e Sensorial

Possuem um cérebro mais evoluído que as lampreias e a medula é protegida pelas vértebras. As narinas percebem materiais dissolvidos na água que passa por elas. Os olhos não possuem pálpebras e estão adaptados à pouca luz. O ouvido é usado para o equilíbrio. A linha lateral, um fino sulco ao longo de cada lado do tronco e da cauda, contém um delgado canal com muitas aberturas pequenas para a superfície. Apresentam células sensitivas ciliadas. Percebem vibrações na água.

Reprodução

São animais dióicos. O órgão copulador é chamado clásper, e se encontra na face interna da nadadeira pélvica. É um órgão rígido que é introduzido na cloaca da fêmea. Após ter sido fecundado, o óvulo passa para o oviduto e é envolvido por albúmen. No final do oviduto o ovo é recoberto pela casca.
Todos os condríctes possuem fecundação interna. Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.

Alce


alce é um mamífero quadrúpede pertencente à família Cervidae e à ordem Artiodactyla, ou seja, suas patas têm um número par de dedos. Este grande cervo, (aliás, é maior do mundo, sua altura pode chegar a 2,15m) pesa, quando adulto, até 450 kg, sendo que os mais idosos podem ultrapassar os 500 kg. Seu comprimento oscila de 2,4 a 3,1 m e sua cauda, bem curta, tem comprimento de 5 a 12 cm. A cor de sua pelagem é parda.
Seu corpo é relativamente curto e grosso, seu peito é largo e a parte traseira deste animal é mais baixa do que a dianteira. Seu pescoço é forte, sua cabeça é grande, vai ficando estreita em direção aos olhos e termina num focinho comprido, cujo lábio superior (extremamente móvel, peludo e pendente sobre o lábio inferior) é bem desenvolvido em todas as direções.
Outra característica do alce é sua enorme galhada que pode atingir 1,6m de amplitude. Durante o inverno, os machos perdem seus chifres, que voltam a nascer durante a primavera. Este cervídeo guia-se bastante pela audição e olfato, uma vez que sua visão é bem débil.
O alce vive nas regiões frias do norte do planeta, pode ser encontrado na América do Norte, Rússia, Alemanha, nos bosques dos países nórdicos e Áustria, por exemplo. O alce habita lugares onde existem muitas árvores frondosas e nas florestas coníferas (desde que existam lugares onde possa alimentar-se de brotos de árvores e de plantas aquáticas, caso em que chega a mergulhar nos lagos para obter alimentação). Durante o verão, vive nas fendas úmidas das florestas (onde a alimentação é abundante) e, quando chega o verão, vai até as regiões mais altas que estão livres das enchentes decorrentes do degelo.
A maturidade sexual da fêmea do alce ocorre por volta dos dois anos, o tempo de gestação dura entre 245 e 250 dias. A época do acasalamento começa entre setembro e novembro (período em que os machos da espécie ficam violentos, oferecendo risco até para os seres humanos). Desde o final de abril até início de maio, as fêmeas dão à luz (da primeira vez, somente a uma cria, cujo peso, em média, é de 13 kg. Nos partos posteriores, geralmente a um casal).
O alce possui, hoje, uma população aproximada de 2 milhões de indivíduos. Isto se deve ao fato de ter sido muito caçado por esporte, para se obter seu couro, sua carne e seus ossos. Na Rússia, ele foi domesticado para a produção de leite, carne e para ser utilizado como animal de tração. Este belo animal pode chegar a viver 80 anos.

Anta Brasileira


anta brasileira (Tapirus terrestris) é um mamífero terrestre da família Tapiridae. Trata-se do maior mamífero da América do Sul. Geralmente as fêmeas são maiores, medindo até 2 m de comprimento, 1 m de altura e pesando até 300 kg.
O corpo da anta brasileira tem o formato parecido com a dos porcos, porém têm um tom de pele mais acinzentado. Seus pêlos são curtos e macios e não cobrem o corpo inteiro. Seus pés traseiros têm 3 dedos, enquanto os dianteiros apresentam um quarto dedo, um pouco reduzido. Sua cauda é fina e curta. No lugar dos lábios superiores, as antas apresentam uma pequena tromba, de até 17 cm, preênsil e flexível. Na tromba existem pêlos sensíveis à umidade e a cheiro.
Existem 4 espécies de anta: a Tapirus terrestris (Anta-brasileira), a Tapirus pinchaque (Anta-andina) e a Tapirus bairdii (Anta-de-Baird) habitam em diversos países da América do Sul, enquanto a Tapirus indicus (Anta-malaia), é encontrada em Sumatra, Laos, Myanmar, Tailândia, Malásia peninsular, e Vietnã.
A anta brasileira, aqui descrita, na verdade é encontrada em toda a América do Sul, exceto no Chile e no Uruguai. No Brasil, são mais encontradas nas áreas próximas aos rios Paraná e Paraguai, na bacia do rio da Prata e na bacia do rio Amazonas. As antas sempre estão próximas aos rios por que é neles que ela prefere se esconder de predadores. É uma ótima nadadora.
As antas têm hábitos noturnos, permanecendo escondida na floresta durante a noite. São animais herbívoros, alimentando-se de frutas, folhas, grama, ramos, brotos, caules, cascas de árvores e plantas aquáticas.
Eventualmente pastam em plantações de arroz, cana-de-açúcar, milho, entre outras. As antas costumam demarcar seu território graças a uma glândula facial que libera um odor típico por onde ela passa. Os machos da espécie demarcam seu território urinando sempre nos mesmos lugares. Além disso, emitem estalidos, assobios e bufos em diferentes situações.
Esses animais são solitários, formando casais somente na época da reprodução. Nessa época, os machos emitem estridentes assobios para atrair as fêmeas. O casal pode copular dentro ou fora da água. Logo após, o casal se separa.
A gestação dura entre 390 e 400 dias, nascendo um filhote a cada gestação, salvo raras exceções. Ao nascer, os filhotes são rajados de branco e marrom, coloração que permanece por 5 meses. Enquanto a mãe produzir leite o filhote é amamentado. Adquire a mesma aparência dos adultos por volta de um ano e meio.
Os predadores das antas são as sucuris e as onças, além do homem, que a caça pela sua carne muito apreciada. A anta é um animal pacífico, tímido, e indefeso em relação ao homem. Não existem informações precisas sobre a expectativa de vida das antas em seu habitat natural, embora em cativeiro ela chegue aos 35 anos.

Ariranha


ariranha (Pteronura brasiliensis) é um mamífero da família Mustelidae, a mesma das lontras. No entanto, a ariranha é bem maior, podendo medir 1,8 metros, e pesar até 34 quilos. É encontrada em várias regiões da América do Sul. No Brasil, é encontrada principalmente nas bacias: Amazônica, Alta Bacia do Paraguai, do São Francisco e na Bacia do Paraná.
A pelagem da ariranha é curta e tem cor castanha, ficando mais escura quando molhada. Em seu queixo, peito e garganta, a ariranha apresenta manchas amareladas. A ponta do focinho da ariranha é coberta de pêlos. A cauda da ariranha e musculosa e achatada do meio até a ponta, fazendo dela uma espécie de leme para o deslocamento na água. Além da cauda, os pés largos e com membranas entre os dedos fazem da ariranha uma excelente nadadora.
Brincalhonas e barulhentas, as ariranhas vivem em pequenos grupos de até nove indivíduos – embora possam formas grupos temporários de até 20 ariranhas - nas margens de rios e lagos. Cada grupo domina um território de aproximadamente 12 km². Abrigam-se e reproduzem em tocas nas margens de rios e lagos, passam a maior parte do tempo na água, e seus hábitos são predominantemente diurnos.
A ariranha alimenta-se de peixes, pequenos crustáceos, moluscos, cobras e até filhotes de jacarés. Caça o peixe (geralmente grande) durante o mergulho, com a boca, mas sai da água para consumi-lo com a ajuda das mãos, embora não seja incomum vê-las se alimentando enquanto nadam de costas.
As ariranhas são monogâmicas. A reprodução ocorre na estação das chuvas, geralmente entre janeiro e março, sendo que a gestação dura aproximadamente 70 dias. De cada gestação nascem entre 1 e 5 filhotes. Durante os três primeiros meses, os filhotes não saem da toca, onde recebem o alimento da mãe. Após esse período, se unem ao grupo, que defendem os filhotes em conjunto. Com um ano, os filhotes começam a se tornar independentes. Entre 2 e 3 anos, as ariranhas alcançam a maturidade sexual.
A destruição do habitat natural das ariranhas somada a caça desses animas durante décadas - por causa de sua pele macia e sedosa – fazem com que essa espécie seja considerada vulnerável e ameaçada de extinção.

Boto Rosa


boto cor-de-rosa (Inia geoffrensis), ou então boto vermelho como é conhecido pelos moradores da bacia amazônica onde este animal ocorre, é um pequeno golfinho pertencente a ordem dos cetáceos e subordem dos odontocetos. Em outros países no qual ocorre como a Colômbia, Equador e Peru este animal possui o nome de bufeo colorado. Seu nome no idioma inglês é Pink Dolphin o qual devido a traduções se tornou boto cor-de-rosa em terras brasileiras, porém pelos ribeirinhos da região amazônica seu nome é boto ou boto vermelho.
Este golfinho é pertencente a família Iniidae, sendo que estudos recentes reconhecem à existência de três subespécies para o gênero IniaInia geoffrensis geoffrensis, I. g. boliviensis I. g. humboldtiana.
O boto é um golfinho que vive em ambientes fluviais, não correndo em ambientes marinhos. Dentre os golfinhos de rios, o boto é o maior deles podendo atingir nos machos cerca de 2,55 metros de comprimento de corpo e ter um peso corporal de 200 kg, e para as fêmeas estes valores máximos é de 2,25m de comprimento de corpo e peso corporal de 150 kg. Esta diferença no tamanho e no peso corporal mostra que para esta espécie existe um dimorfismo sexual em relação ao tamanho do corpo.
Os botos possuem o corpo muito fléxivel devido ao fato de vivirem em ambientes fluviais, onde precisam ser ágeis para desviar de obstáculos e para capturar suas presas. As nadadeiras peitorais são grande e podem realizar movimentos para trás com facilidade o que ajuda o boto a se movimentar no meio de raízes e troncos de árvores caídos nos ambientes onde vivem.
A coloração dos botos varia com a idade. Nos neonatos (recém nascidos) e indivíduos jovens a coloração é cinzenta escura. Os adultos adquirem uma coloração rosada. Nos machos essa cor é ainda mais intensa.
Mapa de distribuição do boto vermelho. Fonte: IUCN.
O boto possui uma grande distribuição dentro da bacia amazônica. Ocorre em cerca de 6 países da América do Sul: Colômbia, Bolívia, Brasil, Venezuela, Peru e Equador. Sua área de ocupação é de cerca de 7 milhões de km². O boto possui hábitos sociais de formação de grupo, porém estes grupos são formados com poucos indivíduos, entre 4 animais ou mais. A maioria dos grupos são de dois animais, no qual incluiria as fêmeas e seu filhote.
Quando em atividade de forrageio, estes animais possuem hábitos de se alimentar solitáriamente, podendo em alguns casos ocorrer a formação de grupos maiores para maximizar a captura do alimento. Eles se alimentam de peixes, sendo que estudos da ecologia alimentar mostra que este golfinho se alimenta de cerca de 50 espécies de peixes, alguns com valores comerciais.
O boto sofre com as atividades antrópicas, podendo ser capturados em redes de pesca e também sofrer colisões com embarcações.

Ostra

As ostras são moluscos pertencentes à família Ostreidade e à ordem Ostreoida. Estes moluscos se desenvolvem em águas marinhas dentro de conchas de formatos irregulares e desiguais entre si. Estas conchas são muito calcificadas e se mantêm fechadas graças a um músculo adutor. Seu corpo é mole e é constituído de boca, estômago, coração, intestino, rins, gônadas (órgãos sexuais), guelras, músculo adutor, ânus e manto.
Ostras. Foto: Julienbzh35 [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html) or CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons
Ostras. Foto: Julienbzh35 [GFDL or CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0], via Wikimedia Commons
As ostras podem ser encontradas em todos os mares do mundo, menos em águas muito frias e/ou poluídas. No início, estes moluscos vivem soltos nas águas e na areia e com o passar do tempo fixam-se nas rochas. Seus principais predadores são, além do homem, diversas espécies de peixes, a estrela do mar, caranguejos e outros tipos de moluscos. Hoje, os maiores produtores de ostras são: Portugal, Itália, França, Inglaterra, Holanda e Bélgica.
Quando precisa se alimentar, a ostra abre as conchas e suga a água para dela retirar seus nutrientes (plâncton, algas e alimentos diversos em suspensão) que ficam presos no seu muco e de lá são transportados até a boca. Quando a temperatura passa dos 10°C, as ostras costumam ingerir mais alimentos, chegando a filtrar, cada uma delas, até 5 litros de água por hora.
A ostra não é o único molusco capaz de fazer pérolas (o mexilhão também pode, por exemplo, embora isto ocorra muito mais raramente). A “fabricação” da pérola se dá quando alguma substância estranha entra em contato com o corpo da ostra. Como conseqüência, a ostra produz uma espécie de resina chamada de madrepérola que envolve o agente invasor, seja ele sólido ou líquido. Com o passar do tempo, a crescente solidificação da madrepérola transforma-se em pérola, cujas cores podem ser bem variadas: preta, branca, cinza, vermelha, azul e verde. As pérolas utilizadas para fazer jóias são aquelas com formato bem esférico e feitas por um tipo especial de ostras chamadas de ostras aladas.
Existe no Pacífico Sul, um tipo de ostra gigante chamada Tridacna, seu peso pode chegar a 500 kg. Este animal se alimenta de algas que nascem no interior de sua concha e a ostra também produz substâncias úteis às algas, constituindo, assim, uma relação perfeita.
Apesar da aparência não muito agradável, a ostra é um molusco muito apreciado na culinária por diversos povos (há evidências de caçadores de ostras em várias civilizações costeiras da pré-história). É um animal rico em zinco, um dos nutrientes requeridos para a produção de testosterona(hormônio masculino).

Caramujo Africano


caramujo africano (Achatina fulica) é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste da África. Foi mundialmente disseminado pela ação humana ligada a gastronomia, pela região da Tailândia, China, Austrália, Japão e recentemente pelo continente americano. Essa espécie é considerada uma das cem piores espécies invasoras do mundo causando sérios danos ambientais. No Brasil foi introduzida a partir 1988 como uma forma barata de substituir o escargot.
Caramujo africano. Foto: J.M.Garg [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html) or CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons
Caramujo africano. Foto: J.M.Garg [GFDL or CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0], via Wikimedia Commons
Os indivíduos adultos de caramujo africano podem atingir uma massa de mais de 200g e chegar a 15 cm de comprimento de concha. É um caramujo de concha cônica marrom ou mosqueada, alcançando a maturidade sexual entre quatro e cinco meses. Os indivíduos são hermafroditas, podendo realizar até cinco posturas por ano, com 50 a 400 ovos por postura. Ativo no inverno, resistente ao frio e à seca, geralmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite ou, durante e logo após as chuvas.
A invasão do caramujo africano no Brasil se constitui não só num problema principalmente em áreas urbanas, mas também cresce em áreas naturais importantes. Devido a ampla distribuição do molusco no Brasil, torna-se impossível erradicá-lo. Porém, o controle local continua possível, embora requeira grandes custos financeiros e mão-de-obra.
Em países de climas tropicais, os prejuízos à agricultura são ainda maiores, primeiramente, porque há perda de produtividade na colheita devido ao ataque destes herbívoros, sem contar o ataque a outras plantas que fornecem o enriquecimento da camada superficial do solo. Podem também transmitir organismos patogênicos para as plantas. Em segundo lugar, há o custo do trabalho e dos materiais associados com a gerência da praga. Terceiro, há perdas como a limitação dos tipos de plantações que podem ser cultivadas, devido às mudanças do ambiente e a presença do caramujo.
O caramujo africano além de praga agrícola é o responsável pela transmissão de parasitos pertencentes ao grupo dos nematoides do gênero Angiostrongylus, parasitos estes que causam doenças de difícil diagnóstico em humanos. A pessoa é infectada pelo parasito acidentalmente quando ingere alimentos ou água contaminados com larvas de terceiro estádio, presentes no muco secretado pelo caramujo, seus hospedeiros intermediários. Os principais parasitos que podem ser transmitidos pelo caramujo africano são o Angiostrongylus cantonensis e o Angiostrongylus costaricensis.
Diversas estratégias físicas, químicas e biológicas têm sido utilizadas no controle do caramujo.  O controle ativo é considerado o método mais eficiente de manejo para o molusco e requer, primeiramente, a coleta e a destruição dos caramujos e seus ovos das áreas infestadas. A coleta deve ser repetida com frequência, ao longo do ano, sem interrupção, e isso se deve a grande fecundidade da espécie, e deve incluir áreas urbanas, áreas agrícolas como hortas e roças, áreas agrícolas abandonadas, bordas de florestas e de brejos.
O controle químico também foi uma possibilidade muito explorada, porém, há o elevado custo econômico e tecnológico. A situação nos últimos anos não mudou muito, sem registros de desenvolvimento especifico contra Caramujo Africano, apesar da grande diversidade de compostos sendo estudados.

Mexilhão Dourado

mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco bivalve, ou seja, de duas conchas, originário da Ásia. A espécie chegou à América do Sul provavelmente de modo acidental na água de lastro de navios cargueiros. Possivelmente a Argentina foi o ponto de entrada para todos os outros países da região. Hoje a espécie já foi registrada em quase toda a região Sul e em vários pontos do Sudeste e Centro-Oeste.
Durante a fase larval o mexilhão-dourado é levado livremente pela água, até que se prende em superfícies sólidas, onde cresce formando grandes colônias. A dispersão dos adultos é feita pelo seu transporte em cascos de embarcação, redes, conchas, galhos e outros objetos lançados ou presentes na água. Quando a concha está fechada, o mexilhão pode sobreviver bastante tempo fora da água.
Os mexilhões são, de um modo geral, filtradores. Por terem grande capacidade de reprodução e dispersão, podem desovar inúmeras vezes ao ano, além de praticamente não terem predadores nos lugares de introdução. O mexilhão se espalha com rapidez, e por isso a espécie é considerada invasora. Estudos mostram que as invasões biológicas são a segunda maior causa de extinção de espécies, atrás apenas da destruição de habitats.
Quase todas as atividades que envolvem a água de rios e lagos podem transportar este mexilhão para outros locais, ainda não contaminados. Depois que as colônias estão instaladas, é impossível erradicá-las com os recursos e os conhecimentos atuais. Por isso devemos evitar espalhar a contaminação. Como uma única larva microscópica pode contaminar um local, também é impossível que os órgãos públicos como a polícia e o Ibama fiscalizem a dispersão. Por isso é importante que todas as pessoas se esforcem para não dispersar mexilhões e informem seus amigos e conhecidos sobre este assunto.
Dentre os prejuízos econômicos causados pelo mexilhão-dourado podemos citar: obstrução de tubulações de captação de água, filtros e sistemas de resfriamento em indústrias e usinas hidrelétricas, sistemas de drenagem de águas pluviais, danos em motores e embarcações e prejuízos na pesca, já que a diminuição dos moluscos nativos diminui o alimento dos peixes. Também trazem impactos ambientais como rápida mudança da comunidade de bentos, favorecendo a presença de certas espécies frequentes no ambiente e deslocamento de outras espécies de moluscos nativos, assentamento do mexilhão dourado sobre bivalves nativos e de outro bivalve invasor, impedindo o desenvolvimento normal de plantas palustres e alterações nas cadeias tróficas do ambiente.

Tigre-Dentes-de-Sabre


Segundo a definição do iDicionário Aulete, tigre-de-dente-de-sabre é um “nome comum a vários felídeos pré-históricos, semelhantes ao tigre atual”. O animal, já extinto, também é conhecido como Esmilodonte ou Smilodon e pertence a uma subfamília chamada Machairodontinae. Apesar de bastante utilizado, o nome tigre-de-dente-de-sabre refere-se mais a uma das características mais visíveis do felino, os dois caninos extremamente avantajados e saltados para frente. Porém, o Smilodon não tem nenhuma ligação com o tigre.
Smilodon. Foto: library.ca.gov / Public Domain / via Wikimedia Commons
Smilodon. Foto: library.ca.gov / Public Domain / via Wikimedia Commons
O surgimento do tigre-de-dente-de-sabre ocorreu no período referente ao Plioceno, há cerca de 3 milhões de anos. O animal tinha provável descendência do Megantereon (um dos dente-de-sabre mais antigos), tendo vivido em continentes como a América do Sul e a América do Norte. Sua extinção ocorreu há aproximadamente 10 mil anos. Um dos primeiros naturalistas a descrever o animal foi Peter Wilhelm Lund, de origem dinamarquesa, que foi o pioneiro na descoberta de fósseis do Smilodon populator, em Minas Gerais, na Lagoa Santa, em 1841.
O tamanho deste tipo de felino era bastante variável, sendo que a espécie de maior porte, o citado Smilodon populator, vivia na América do Sul e chegava a medir mais de 3 m no que se refere ao comprimento, pesando aproximados 900 kg. Em termos comparativos, o animal tinha mais robustez e era maior do que um leão na fase adulta.
Em outro aspecto, o felino era exclusivamente carnívoro, e os dentes caninos superiores que lhe deram o nome controverso de tigre-de-dente-de-sabre tinham medidas que chegavam a até 50 cm de comprimento. Suas mandíbulas apresentavam uma articulação especial, permitindo uma abertura em ângulo de 95 graus. Ou seja, era um dos maiores predadores de seu tempo.
Isso pode ser comprovado pela mordedura do animal, que rompia com rapidez os vasos sanguíneos da garganta da presa, fechava sua traqueia e tirava a sua vida rapidamente. Além disso, o Smilodontinha musculosas patas dianteiras que o ajudavam a imobilizar a presa, ajudando na precisão da mordida fatal. Para cortar a carne, utilizava seus incisivos projetados à frente, o que evitava a lesão dos caninos.
De acordo com alguns estudiosos, o Smilodon era um animal que vivia em grupos bastante parecidos em organização com os das hienas. Apesar da primeira descoberta de fósseis do animal ter sido encontrada no Brasil, a maior parte provém dos poços de betume, localizados em Los Angeles (EUA).
O tigre-de-dente-de-sabre foi bastante representado na cultura pop. No universo da Marvel Comics, o inimigo mortal do famoso mutante Wolverine leva o nome de Dentes-de-Sabre  (Sabretooth). A espécie também é retratada no filme 10.000 A.C. (2008), do diretor Roland Emmerich.

Coiote

coiote é um mamífero integrante do grupo familiar do cachorro, ou seja, dos canídeos, do qual também fazem parte os lobos e as raposas, e pertencente ao Gênero dos Canis. Normalmente eles são encontrados sozinhos, mas eventualmente eles podem se agrupar em matilhas. O termo ‘coiote’ provém do idioma Nahuatl, do ramo linguístico asteca.
Coiote. Foto: Yathin S Krishnappa [CC-BY-SA-3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons
Coiote. Foto: Yathin S Krishnappa [CC-BY-SA-3.0], via Wikimedia Commons
Este animal tem caudas vastas e densas, um nariz delgado e enormes orelhas em forma de pontas. Os adultos podem medir pouco mais de 1 metro de comprimento; o peso oscila entre 9 a 16 kg. As fêmeas têm geralmente um tamanho reduzido.
Ele pode ser encontrado na cor cinza ou na marrom, com tons vermelhos nas caudas, pernas, costas e cabeça. Semelhante ao lobo e ao chacal, é um pouco menor do que eles, e maior que uma raposa. Seu porte lhes permite atravessar vastas distâncias a uma velocidade de até 48 km/h.
Sua boca abriga 42 dentes em um maxilar robusto, o que lhe propicia um melhor proveito e uma melhor digestão da caça. Seus sentidos são extremamente apurados, especialmente o olfato, a visão e a audição. Isto contribui para elegê-los como caçadores de extrema qualidade.

Habitat

Os coiotes vivem apenas na América do Norte e na Central, mais especificamente no Leste do Alasca, na região ocidental do Canadá, em grande parte do oeste dos EUA e da América Central. Estes animais não têm dificuldade alguma de se acomodar em um determinado ambiente. Eles são encontrados particularmente nos desertos, nas florestas, montanhas, planícies e regiões de clima tropical.

Alimentação

Sua dieta é essencialmente à base de carne. Os coiotes têm preferência por coelhos, veados, alces, pássaros, cobras, lagartos, peixes, ovelhas, bezerros e todo tipo de carniça com que se deparam. Isto não significa que, de vez em quando, eles não comam igualmente determinadas frutas e gramas.
Em contato mais próximo com o Homem os coiotes se nutrem de ratos normalmente encontrados nos lixos. Sua tendência para a adaptabilidade influencia na sua sobrevivência, pois em qualquer época do ano, independente da estação climática, eles têm maior facilidade para achar a caça. Em geral eles vivem por volta de 6 anos.

Reprodução

Os coiotes se reproduzem anualmente, nos meses de janeiro e fevereiro. Antes dos filhotes nascerem, a futura mãe procura uma toca abandonada por algum outro animal e busca refúgio neste recanto oculto. Da concepção ao parto transcorre uma média de 60 a 65 dias, quando então nascem de 5 a 8 crias.
O número de filhotes produzidos pela fêmea está em relação direta com a idade da mãe e com a quantidade de alimento da qual ela pode dispor. Os pequenos principiam a atividade da caça depois de completarem de 8 a 10 semanas, e permanecem junto ao núcleo familiar no máximo por dois anos, quando então decidem empreender uma jornada por conta própria.

Moscas-dos-Chifres

Mosca-dos-chifres é o nome popular da mosca Haematobia irritans. Ela foi identificada primeiramente no Brasil, no estado de Roraima vindo, provavelmente da Guiana, aproximadamente no ano de 1977, sendo registrada apenas no ano de 1983. Sua disseminação se deu muito rapidamente, em consequência do transporte e rotas de comercialização de gado, estando nos dias de hoje, disseminada por todo o país.
Esta mosca é um díptero da família Muscidae, hematófago, medindo entre 3 a 5 mm, parasitando os bovinos, preferencialmente, dia e noite, abandonando-o por breve período de tempo, quando realiza a ovoposição. Este ato é realizado nas fezes frescas (no máximo dentro de 10 a 15 minutos após a defecação) dos bovinos, onde as fêmeas depositam cerca de 10 a 20 ovos, embaixo da borda da massa fecal. Os ovos eclodem dentro de 24 horas, as larvas viram pupas dentro de 4 dias, permanecendo no solo por 5 a 6 dias, transformando-se em adultos.
Sua preferência é por bovinos da raça européia, mestiços e que possuem a pelagem escura, ou com manchas escuras, além de machos inteiros, pois estes possuem alta produção de secreções sebáceas, assim como a concentração de testosterona.
Fatores climáticos, tais como temperatura e precipitação pluvial, interferem na população dessas moscas, sendo que as temperaturas extremamente baixas e precipitações baixas ou altas diminuem o parasitismo, sendo que os picos de população da H. irritans é observado no início do período das águas e no final do período das águas.
Esse díptero localiza-se em partes do animal que ficam fora do alcance do movimento da cabeça e cauda do animal, como giba, ventre, costado e membros. Sua picada é dolorosa e como os animais não conseguem espantá-la, ela acaba estressando-os, fazendo com que aumente o gasto energético na tentativa de se livrar do parasita, além de diminuir o tempo de pastejo dos bovinos. Ela também pode transmitir doenças como a anaplasmose, carbunculose e leucose. Desta forma, causam enormes prejuízos econômicos, sendo que há uma redução de 10% do peso vivo dos animais da raça Nelore infestados, além de ser responsável pela diminuição do valor do couro.
O controle dessa mosca é feito através do uso de produtos químicos utilizados na forma de pulverização, pour on ou brincos impregnados de princípio ativo, direcionando a aplicação desses produtos para o local de pouso das moscas.  Deve ser ressaltado a importância da utilização de inseticidas químicos sempre que possível, lembrando de usá-lo com cautela, pois além desse produto deixar resíduos na carne e no leite, também causa danos ao meio ambiente. Existe outro método pouco utilizado, mas que em certas propriedades, em especial as leiteiras, apresenta excelentes resultados, é o sistema de armadilhas, onde é adaptado ao brete ou ao tronco um equipamento composto por telas, onde esses dípteros ficam presos e posteriormente, são mortos.

Mosca-Das-Frutas

Pertencente à família Tephritidae, uma das que apresentam mais espécies na Ordem Diptera, a mosca-das-frutas é considerada uma das maiores pragas no setor da fruticultura. Combatido em escala global, este inseto é conhecido por atacar os órgãos reprodutores das plantas, flores e frutas com polpas. No período em que se apresenta em forma de larva, a mosca-das-frutas desenvolve-se dentro dos frutos, onde se alimenta da polpa.
Entre os tipos de moscas-das-frutas, existem algumas espécies mais invasivas e de comportamento colonizador, como a Ceratitis capitata. Já outras, como as do gênero Ragholetis, apresentam uma distribuição mais restrita, além de terem pouca capacidade para se adaptarem em ambientes novos. Geralmente, são insetos de regiões temperadas.
Anualmente, as moscas-das-frutas causam aproximadamente um bilhão de dólares em prejuízos. Por isso, são considerados insetos que causam enormes danos aos fruticultores. O inseto pode causar  estragos de três formas: diretamente na produção, durante o processo de comercialização e na parte do fechamento das mercadorias a serem exportadas. As nações que importam as frutas podem até mesmo parar a comercialização, pois não têm interesse em produtos que transportem a praga.
As moscas-das-frutas são responsáveis por danos a mais de 400 tipos de frutas, entre elas, as mais prejudicadas são: sapoti, maracujá, acerola, cereja, mamão, graviola, jambo, jabuticaba, pitanga, goiaba, cajá-manga, ciriguela, caju, manga, pêssego, nectarina, ameixa, pêra, maçã, tangerina, mexerica, limão-cravo, laranja-doce e laranja-azeda.
A divisão geográfica da Tephritidae é bastante ampla e seu predomínio ocorre na região Neotropical. São aproximadamente 4.352 tipos agrupados em 481 gêneros. Destes, apenas 5 influem na economia: Toxotrypana, Rhagoletis, Bactrocera, Ceratitis e Anastrepha.
Referente ao gênero Toxotrypana, apenas a espécie T. curvicauda, que ataca a papaia, é perigosa para os fruticultores, porém, não há ocorrências desta espécie no Brasil. Já a B. carambolae, mosca-da-carambola, do gênero Bactrocera, foi encontrada recentemente no Oiapoque (AP) de forma restrita. No Brasil, as quatro espécies de Rhagoletis registradas não são prejudiciais para a agricultura, são apenas pragas encontradas esporadicamente na região Sul do País.
A mosca-do-mediterrâneo, pertencente ao gênero Ceratitis, possui apenas uma espécie no Brasil. Do ponto de vista econômico, é a que representa maior perigo juntamente com A. obliqua (Macquart), A. grandis (Macquart), A. pseudoparallela (Loew), A. striata Schiner, A. zenildae Zucchi, A. sororcula Zucchi e A. fraterculus (Wied).
De acordo com Aldeni Silva, Biólogo Doutorando em Agronomia, “os inimigos naturais das moscas das frutas são parasitóides pertencentes principalmente às famílias Braconidae e Figitidae. Na primeira família destacam-se espécies dos gêneros Doryctobracon, Opius e Utetes, e na segunda família, espécies dos gêneros Aganaspis, Odontosema, Tropideucoila, Dicerataspis e Lopheucoila”.

Mosca do Estábulo

Stomoxys calcitrans, conhecida popularmente pelo nome de mosca do estábulo, é uma mosca que pertence à família dos muscídeos, que se distribui mundialmente. Ela é responsável pela transmissão de diversas doenças aos animais domésticos, podendo ser hospedeira intermediária de nematóides, como a larva de Habronema sp. e, também, o vetor de ovos da Dermatobia hominis.
Sua morfologia lembra muito a da Musca domestica. No entanto, possui probóscides salientes e projetadas para a frente, diferentemente das moscas não-picadoras.
Tanto os machos quanto as fêmeas se nutrem de sangue uma a duas vezes por dia, variando de acordo com a temperatura ambiental. Durante a ovoposição, as fêmeas podem ovipor de 25 a 50 ovos em locais que contenham palha ou feno, principalmente se estes estiverem fermentados ou umedecidos com urina e fezes de animais. As fezes de equinos, bovinos, suínos e ovinos também podem servir para a criação desta mosca. No entanto, este não é o substrato de eleição, a não ser que contenha vegetais misturados a matéria orgânica. Restos alimentares dos animais, também são um grande atrativo para esses dípteros realizarem a postura.
A picada da S. calcitrans é muito dolorosa e afeta principalmente os equinos. São necessários três minutos para a ingestão do sangue, sendo que frequentemente a alimentação é interrompida, permitindo, deste modo, a transmissão mecânica de microrganismos e protozoários patogênicos. O sinal clínico observado em decorrência da picada é uma lesão característica de uma dermatite, sendo deste modo grande fonte de estresse.
Seu ciclo completo varia de 13 a 18 dias, a uma temperatura ambiente de 24 a 30°C. Já em temperaturas mais baixas, o ciclo pode ocorrer dentro de 3 a 5 meses.
O controle é feito através da redução da fonte onde esse díptero se prolifera, mantendo assim os abrigos dos animais (como estábulos) e pastos limpos, removendo fezes frescas, camadas úmidas de palha, feno e resíduos alimentares. Pode também ser feito o uso de inseticidas à base de piretróides, organofosforados, na forma de pulverização ao redor dos alojamentos dos animais e das instalações rurais, ou também o uso de inseticidas aplicados no dorso do animal (pour-on).

Bicho-da-Seda


Bicho-da-seda (Bombyx mori L) é originário do norte da China e há aproximadamente 5.000 anos vem sendo criado para a obtenção do fio de seda. Trata-se da larva de uma mariposa pertencente à família Bombycidae e à ordem Lepidóptera. Depois da cópula das mariposas, a fêmea deposita cerca de 500 ovos, do ovo as lagartas eclodem, após um período de 7 a 21 dias.
Quando nasce, o bicho-da-seda mede 2,5mm de comprimento, durante os primeiros 40 dias, come sem parar, passa pela metamorfose (seus estágios são: ovo, lagarta ou larva, pupa ou crisálida e inseto adulto ou imago), tem seu peso aumentado aproximadamente 10.000 vezes e seu tamanho aumenta 70 vezes em relação ao tamanho original.
O bicho-da-seda se alimenta das folhas da amoreira. É nesta fase que a larva começa a tecer seu casulo, feito com fios de muitos metros de comprimento. O fio de seda é secretado por uma glândula, chamada de glândula sericígena, localizada na parte inferior da boca da lagarta. A larva fia a seda ao redor do seu corpo fazendo movimentos geométricos em forma de número 8 até que todo o líquido que forma o fio termine, isto ocorre em torno de três dias, até lá, são secretados aproximadamente 1.000 metros dessa substância. Depois disso, num período de três semanas, nasce uma borboleta branca.
Para se obter fios de seda é preciso mergulhar os casulos em água quente para amolecê-los e retirar deles uma espécie de goma que os faz ficar presos uns aos outros. Uma vez encontradas as pontas dos fios, os casulos são desenrolados calmamente e, depois disso, estes fios são enrolados numa roda formando uma meada. Este processo, em suma, consiste em desfazer todo o trabalho que a lagarta teve para formar o casulo.
Posteriormente as meadas são lavadas em água quente, batidas e purificadas com determinados tipos de ácidos. Este processo é repetido diversas vezes, depois disso, a seda é secada em máquinas e as meadas são penteadas, a fim de se obter fios macios e de diâmetro bem parecido para posterior tecelagem. A tecelagem pode ser de seda pura ou pode-se misturar seda com outros tipos de fibras como algodão, por exemplo.
O cultivo do bicho-da-seda traz benefícios à sociedade, não só pela fabricação e comercialização de diversos tipos de tecidos, como também pelo fato de proporcionar trabalho no campo com o cultivo da amoreira. O Brasil é, hoje, o terceiro maior produtor de seda.

Aranha Marrom

aranha marrom é uma das menores aranhas do mundo, e também uma das mais perigosas. Ela tem de 12 mm a 3 cm de tamanho e podem se reproduzir rapidamente. Essas aranhas têm 6 olhos bem próximos, as fêmeas chegam à maturidade sexual em 1 ano e os machos em 1 ano e 3 meses.
Cada fêmea bota ate 130 ovos por vez. Geralmente elas atacam quando pressionadas contra o corpo da vítima, que ocorre geralmente em casa, nas roupas, toalhas, sapatos e na cama.
As aranhas marrons gostam do clima quente, úmido e temperado. Só na América há mais de 50 espécies conhecidas.
Somente de 12 a 24 horas após a picada (que é indolor) o veneno começa seus efeitos no corpo (a variação do tempo de ação do veneno existe pelo fato de que alguns organismos são mais fortes que outros). Os efeitos do veneno, inicialmente são:
- Inchaço.
- Bolhas no local.
Necrose (morte do tecido).
- Dor no local.
E após algum tempo se não houver a aplicação do antídoto:
- Boca seca.
- Urina escura.
- Sonolência.
Em alguns raros casos pode ocorrer anemia hemolítica (destruição das hemácias) e ate coagulação do sangue.
E preciso aplicar o antídoto o mais de pressa possível para que não haja seqüelas no corpo da vítima da picada. Ao sentir esses sintomas ou perceber a picada da aranha, deve-se ir ao hospital para tomar antídoto.
A aranha marrom é comum principalmente no Paraná, local que apresenta clima favorável a sua proliferação.
Uma aranha marrom vive, em média, 5 anos, sendo que reproduz 7 vezes ao ano.
O soro deve ser aplicado após a percepção dos sintomas ou, se possível, logo após a picada. Os nomes dos soros são: antiloxoscélico ou o soro antiaracnídeo.
O predador natural dessa aranha é a lagartixa, porém, com a urbanização, esse animal tem desaparecido cada vez mais, deixando assim o caminho livre para a reprodução da aranha. Esta causa cada vez mais acidentes (20.000 em 2004). Muitos acham a lagartixa perigosa, porém ela é inofensiva e ajuda no equilíbrio ecológico.

Aranha Caranguejeira


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Caranguejeira e mão de um adulto
Foto: Bruno C. Barbosa
As caranguejeiras, aranhas popularmente conhecidas no Brasil, recebem outros nomes como “Tarântulas” na língua inglesa e “Baboon spiders” no continente Africano. Estas aranhas fazem parte da família Theraphosidae com aproximadamente 930 espécies já descritas distribuídas em todos os continentes (exceto Antártica), em sua maioria concentradas nas áreas tropicais e subtropicais.  Diversas espécies de caranguejeiras são consideradas as maiores do mundo, podendo chegar facilmente a 25 cm de envergadura de pernas e várias colorações. Por estas características tem relativa importância econômica na Europa e nos Estados Unidos como “Pets” exóticos.
Essas aranhas têm hábitos terrestres, vivem em tocas no solo ou debaixo de pedras ou outras cavidades naturais. Existem espécies arborícolas, ou seja, habitam copas das arvores. Alimentam-se de pequenos animais, principalmente insetos, podendo se alimentar de cobras, sapos, rãs, pererecas, lagartos e ate mesmo de pequenas aves. Pouco se sabe sobre o comportamento dessas espécies em vida livre, grande parte do conhecimento deriva de estudos com animais em cativeiro. As caranguejeiras possuem hábitos noturnos e vivem de forma solitária; as fêmeas podem viver até 20 anos em cativeiro, enquanto machos vivem até (aproximadamente) sete anos.
Foto: Bruno C. Barbosa
Foto: Bruno C. Barbosa
Os acidentes envolvendo picadas em humanos são sem importância médica. O que se conhece é a irritação ocasionada na pele e mucosas devido aos “pelos” urticantes, que algumas espécies liberam como forma de defesa. Os “pelos” urticantes se concentram na região posterior do abdome, de 10.000 a 20.000 pelos por mm, e são usados para defesa: raspados pelas patas posteriores e lançados ao ar. Seu veneno pode provocar relaxamento da musculatura estriada e em algumas espécies o veneno pode ter ação semelhante aos encontrados nas Aranhas Armadeiras.
Quanto ao quadro clínico, a pessoa picada pode vir a sentir dores no local de pequena intensidade e curta duração (devido ao tamanho das “presas”), às vezes acompanhada de discreta hiperemia local. O contato com os “pelos” causam manifestações cutâneas e das vias respiratórias altas, provocadas por ação irritativa ou alérgica nos pacientes com sensibilidade. O tratamento para casos leves não é necessário, pois o quadro regride espontaneamente. Em casos mais severos o tratamento é feito com analgésicos como a epinefrina, anti-histamínicos e corticoides. Porém, não há tratamento específico.
Atualmente, para as 14 espécies de aranhas caranguejeiras já estudadas são conhecidos mais de 30 tipos diferentes de toxinas que podem ser ferramenta para nova classe de drogas. Recentemente, estudos revelaram um peptídeo com atividade anti-microbiana extraído da hemolinfa (substancia de mesma função do sangue) de uma espécie, e que poderá ter grande aplicação na indústria farmacêutica, assim como outras substancias já encontradas.

Aranha Armadeira


Os aracnídeos do gênero Phoneutria são conhecidos popularmente como Aranhas Armadeiras ou Aranhas de Bananeiras, com espécies muito agressivas. Durante o período do dia escondem-se em lugares úmidos e escuros, tendo suas atividades nos horários noturnos. Essas aranhas não constroem teias para capturar suas presas, elas imobilizam a vítima com o auxílio do veneno. Estas aranhas caracterizam-se pela disposição dos olhos em três filas (2-4-2); no abdômen há pares de manchas claras formando uma faixa longitudinal. As pernas apresentam espinhos negros implantados em manchas claras. Sua marca registrada é o comportamento defensivo em posição ereta, com movimentos laterais do corpo e com as pernas dianteiras elevadas: tal comportamento originou seu nome popular. Estão distribuídas por quase toda a América Central e do Sul, desde a Guatemala até o norte da Argentina, podendo ser encontradas em bananeiras, folhagens, entre madeiras e pedras empilhadas e no interior de residências.
Foto: Bruno C. Barbosa
Aranha Armadeira
Foto: © Bruno C. Barbosa
As aranhas armadeiras possuem um veneno extremamente ativo em seres humanos, aliado ao seu sinantropismo, ou seja, sua adaptação em ambientes urbanos, faz com que as armadeiras sejam responsáveis por boa parte dos acidentes com artrópodes peçonhentos no Brasil. Por outro lado, algumas propriedades farmacológicas instigam cientistas que buscam por aplicações biotecnológicas de compostos derivados das toxinas presentes no veneno.
Os acidentes provocados por Phoneutriaocorrem durante o ano todo, aumentando a incidência nos meses de abril e maio. Este período coincide com a época de acasalamento das armadeiras, o que as torna mais ativas.
As ações do seu veneno causam retardo da inativação dos canais neuronais de sódio, o que pode provocar despolarização das fibras musculares e terminações nervosas sensitivas, motoras e do sistema nervoso autônomo, favorecendo a liberação de neurotransmissores, principalmente acetilcolina e catecolaminas. Também isola peptídeos que podem induzir a contração da musculatura lisa vascular e aumentar a permeabilidade vascular, independentemente da ação dos canais de sódio.
No quadro clínico de um acidente com armadeiras predominam as manifestações locais. A dor imediata é o sintoma mais frequente; apenas 1% dos casos apresentam-se assintomáticos após a picada. Sua intensidade é variável, podendo se irradiar até a raiz do membro acometido. Outras manifestações que podem ocorrer são: edema, eritema, parestesia e sudorese no local da picada, onde podem ser encontradas as marcas de dois pontos de inoculação, priapismo, choque anafilático e edema pulmonar.
Os acidentes são classificados em Leve, Moderado e Grave:
  • Leve: predominam as manifestações locais como dor, inchaço, vermelhidão da pele e suor na região da picada. Pode aparecer a marca da picada.
  • Moderado: além das manifestações locais, observam-se alterações sistêmicas como aceleração da frequência dos batimentos cardíacos, aumento na pressão sanguínea, suor, agitação e vômito.
  • Grave: ocorrem principalmente em crianças que apresentam, além das manifestações já descritas, vômito profuso, ereção peniana involuntária persistente, diarreia, diminuição da frequência dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea baixa, arritmia cardíaca, edema agudo de pulmão e choque.

Escorpião


Os escorpiões, também conhecidos como escorpionídeos, pertencem à classe dos aracnídeos. São animais muito antigos, já foram encontrados fósseis que datam de 420 milhões de anos, período através do qual pouco mudaram. Sabe-se, hoje, que o escorpião foi o primeiro artrópode a viver em terra. O Tamanho destes aracnídeos oscila entre 12 mm (Microtityus waeringi) a 21 cm (Hadogenes troglodytes).
Escorpião da espécie Pandinus imperator. Foto: Aleksey Stemmer / Shutterstock.com
Escorpião da espécie Pandinus imperator. Foto: Aleksey Stemmer / Shutterstock.com
Os escorpiões vivem em regiões temperadas tanto em tocas como debaixo da terra. Geralmente sob pedras, madeiras, troncos podres. No deserto cavam tocas na areia para se proteger do calor e do frio. Trata-se de animais carnívoros que têm hábitos noturnos e se alimentam principalmente de insetos e aranhas.
Foi descoberto em experiências de laboratórios que os escorpiões podem ficar até 23 meses sem se alimentar, isso graças a um órgão interno que armazena comida. Quando muito famintos, os escorpiões podem praticar o canibalismo. Eles têm a visão pouco desenvolvida, utilizam pêlos que funcionam como sensores capazes de reagir ao menor movimento.
Durante o período de reprodução, o macho e a fêmea se envolvem em uma dança na qual se agarram pelas pinças. O escorpião não põe ovos, é um animal vivíparo, seus filhotes nascem por meio de parto e a gestação dura de alguns meses a um ano, dependendo de cada espécie. Os filhotes, quando nascem, ficam nas costas da mãe até a primeira troca de pele.
Os escorpiões em geral têm veneno, porém poucos são tóxicos o bastante para matar ou deixar seqüelas em um ser humano. A picada deste animal deixa dor semelhante à da vespa ou marimbondo. Existem espécies, no Deserto do Saara, capazes de matar um cão em sete minutos ou de matar um ser humano em sete horas, um exemplo disso é o Tityus serrulatus que provoca dor local, formigamento, paralisia dos músculos e morte por asfixia. Sempre que picada, a pessoa deve ir até um hospital e, se possível, levar o escorpião junto, uma vez que seu veneno é utilizado para a fabricação de soro.
No Brasil, existem 140 espécies de escorpião catalogadas, sendo que as cores variam de preto total a amarelo claro, também existem escorpiões de coloração azul e verde.
Para alimentar-se, o escorpião segura sua presa com as pinças, curva para frente sua cauda e, com o ferrão, injeta o veneno em sua presa, paralizando-a quase imediatamente.

Escorpião Amarelo

escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é um artrópode invertebrado, que pertence à classe dos aracnídeos. O escorpião amarelo é uma das 1600 espécies (e subespécies) de escorpião catalogadas em todo o mundo. No Brasil, são encontradas cerca de 140 espécies, sendo o escorpião amarelo um dos de maior incidência, sobretudo na região sudeste do país. Além de ser encontrado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, são encontrados também em Goiás, no Paraná e na Bahia.
O escorpião amarelo é considerado o mais venenoso de toda a América do Sul. Seu veneno é neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso periférico. Pode ser letal, dependendo da quantidade de veneno injetada e das condições físicas da vítima (principalmente crianças e idosos), sendo responsável pela maioria dos acidentes graves no Brasil, principalmente em regiões urbanas do estado de Minas Gerais.
Como indica seu nome, essa espécie tem coloração amarelada, apresentado uma mancha castanho-escura no fim da cauda (antes do telson – ferrão que inocula o veneno), além de uma serrilha. Tem uma visão pouco desenvolvida, compensada por pêlos sensoriais (sensíveis ao deslocamento de ar), que auxiliam na localização de suas presas. O escorpião amarelo mede entre 6 e 7 cm de comprimento.
De hábitos noturnos, os escorpiões vivem em locais escuros, quentes e úmidos. Na região urbana, são encontrados em locais com entulhos, pedras, dentro de sapatos, junto a roupas, etc. Seu hábitat natural é o Cerrado.
O escorpião amarelo é carnívoro. Alimenta-se de baratas, aranhas, podendo ocorrer inclusive canibalismo. Sobrevive sem alimentação por um tempo prolongado.
A reprodução dos escorpiões-amarelos é curiosa, já que não existem escorpiões-amarelos machos. Assim, a reprodução ocorre por partenogênese, ou seja, os óvulos da fêmea se dividem sem fecundação com o espermatozóide. Podem ser gerados até trinta embriões, que se desenvolvem dentro do corpo da mãe. Quando nascem, os filhotes vivem no máximo duas semanas no dorso da mãe. Após esse período, se tornam independentes. A maturidade para a reprodução dessa espécie ocorre entre 1 e 3 anos de idade. Para reproduzir, a fêmea necessita de boas condições de alimentação e de calor.
Sapos e aves são os predadores naturais do escorpião amarelo. Essa espécie tem expectativa de vida de até 10 anos.
Em caso de picada de um Escorpião amarelo, deve-se lavar o local com água e sabão e levar a pessoa até um posto de saúde ou hospital.