domingo, 4 de outubro de 2015

Dodô

Dodô era um pássaro que vivia nas Ilhas Maurícia, localizada na costa da África. Esta ave desapareceu no século 17 com a chegada dos colonizadores ao seu habitat. Parecido com um pombo gigante e um pouco maior que um peru, o dodô pesava cerca de 20 quilos e fazia parte da família Raphidae. Suas penas possuíam variações de cores, sendo geralmente brancas como também com tons de cinza e preto. Tinha um bico alongado e recurvado na ponta e sua dieta era basicamente a base de peixes, sementes e frutas. Contendo asas pequenas e frágeis, que foram atrofiando com o tempo, os dodôs perderam a habilidade de voar. Eram aves mansas e inofensivas. Isto porque os dodôs não tinham predadores naturais nas Ilhas Maurícias.
Ilustração de um Dodô do século XVII [domínio público] / via Wikimedia Commons
Ilustração de um Dodô do século XVII [domínio público] / via Wikimedia Commons
Existe duas explicações para a etiologia da palavra dodô. Muitos acreditam que a denominação tenha surgido devido ao canto da ave que era um som de 'doe-doe'. Outros afirmam derivar de seu caminhar desajeitado, em português arcaico qualificado de 'doudo', ou seja, doido.
O fato de estas aves não conseguirem voar e serem inofensivas, se tornaram presas fáceis para os humanos. Exploradores portugueses e holandeses, na falta de alimentação em seus navios, desembarcavam famintos nas ilhas e se alimentavam do dodô, cuja carne não tinha o mesmo prestígio gastronômico de outras aves do porte, como o ganso e o peru, porém era muito apreciada e farta. Atacavam a ave com pedradas e pauladas, até desfalecerem.
Além de matarem muitos dodôs, os humanos ainda levavam consigo cães, ratos, porcos, macacos, gatos e outros animais para as Ilhas Maurícias. Lá, esses animais atacavam e comiam os ovos dos pássaros, que eram colocados no solo. Com toda a matança, a espécie foi sumindo aos poucos e foi declarada extinta oficialmente em 1681.
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Segundo pesquisas feitas posteriormente em fósseis dos dodôs, descobriu-se que as sementes que alimentavam estas aves, pertenciam a uma árvore chamada Calvária. Os 13 exemplares desse vegetal que habitam as ilhas possuem mais de 300 anos, ou seja, são da mesma época em que os dodôs foram extintos. Os dodôs comiam as sementes da árvore, e só quando as sementes passavam pelo aparelho digestivo do pássaro é que ficavam ativas, podendo crescer.
Descobriu-se mais tarde que era possível conseguir o mesmo efeito se as sementes fossem comidas por perus. A árvore que estava desaparecendo foi salva e agora é conhecida por árvore-dodô.
Com a tecnologia evoluindo constantemente, aperfeiçoando as técnicas de sequenciamento de genomas e aprimorando o conhecimento sobre clonagem, existe um grande debate ético entre pesquisadores, sobre a possibilidade de "ressuscitar" espécies extintas, como o Dodô.

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