sábado, 3 de outubro de 2015

Dinossauros

sendo que o país possui várias regiões caracterizadas pela presença de fósseis desses animais.
A paleontologia vem crescendo gradativamente no Brasil, os profissionais brasileiros na escavação e estudo dos fósseis de dinossauros conquistam cada vez mais respeito no mundo, uma vez que as descobertas feitas no país são de grande relevância. Ainda assim, muito se deve melhorar, pois as condições de financiamento de pesquisas ainda são complicadas e não há profissionais em número suficiente no Brasil para ampliar as conquistas científicas com a mesma rapidez como ocorre nos Estados Unidos.
Os cientistas acreditam que o Brasil tenha abrigado enorme variedade de dinossauros. As pesquisas até o momento mostram que os fósseis descobertos em terras brasileiras estão datados no final do período Triássico ou início do Cretáceo, na Era Mesozóica. Tudo leva a crer que durante o período Jurássicoalguma causa, ainda não muito bem compreendida, levou esses animais a se espalharem por outros ambientes do que hoje é a América em busca de melhores condições de sobrevivência. Apenas com o melhoramento das condições, esses animais retornaram.
Os primeiros fósseis foram encontrados no Brasil no ano de 1897, eram pegadas fossilizadas localizadas próximas à cidade de Sousa, na Paraíba. Por muito tempo esses registros permaneceram inexplorados, somente em 1920 geólogos identificaram as pegadas como de duas espécies diferentes de dinossauros. Já em 1902, no Rio Grande do Sul, pesquisas foram feitas na paleorrota em Santa Maria que tiveram como resultado a descoberta do primeiro fóssil de réptil terrestre da América do Sul, chamado de Rincossauro. A região se tornou de destaque para paleontólogos do mundo todo. Na década de 1940, Uberaba, em Minas Gerais, e o oeste paulistarevelaram-se como regiões importantes para a paleontologia. Esta, contudo, ficou apagada no Brasil por três décadas praticamente, foram os estudos do padre Giuseppe Leonardi sobre os fósseis de Souza que reacenderam as pesquisas no país. A publicação de tal pesquisa fez o sítio paleontológico em Souza ficar conhecido como o Parque dos Dinossauros Brasileiros, o qual é reconhecido como um dos mais importantes no mundo todo.
Já foram encontrados ossos, dentes, ovos, pegadas e fezes de dinossauros no Brasil, sendo que as principais regiões de sítios paleontológicos são localizadas nos estados do CearáParaíbaPernambucoMaranhãoMato GrossoMinas GeraisSão Paulo Rio Grande do Sul.
O Brasil se revelou território de várias espécies de dinossauros, é bem possível que espécies que viveram na Argentina, mas ainda não encontradas no Brasil, tenham vivido aqui também. A proximidade das duas regiões permitia o deslocamento dos animais, talvez seja uma questão de tempo apenas para encontrá-los.
Entre os primitivos Dinossauros do Brasil aparecem ocorrências de sauropodomorfos. Os fósseis apontam para a existência de criaturas semelhantes aos animais que viveram na América do Norte e Ásia, mesmo sem ocorrer um parentesco direto. A quantidade de ossos encontrados releva que o Brasil era mesmo abundante em saurópodes, especialmente do grupo dos titanosaurídeos. Destaca-se também a ocorrência considerável de pterossauros. Mas além dessas duas últimas espécies, as mais notáveis no país, aparecem ainda os espinossaurídeosornitomimossaurídeosiguanodontídeosornitópodesestegossaurídeoscarnossauros e possivelmente ceratopsianos.
Recentemente, o Brasil apresentou uma importante descoberta paleontológica, o Santanaraptor. Este dinossauro carnívoro viveu na região que hoje é o Ceará há cerca de 110 milhões de anos, aparentemente integrou a linhagem que deu origem ao famoso Tiranossauro da América do Norte. Foram descobertos ossos e componentes de tecidos “moles” como vasos sanguíneos, pele e fibras musculares, o que é raro na paleontologia. Também foi apresentado um gigante dinossauro carnívoro com sete metros de altura, localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O animal que viveu há 80 milhões de anos foi catalogado como um dos maiores predadores de todos os tempos e recebeu o apelido de Rondon II, em homenagem ao Marechal Cândido Rondon.

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